A psicoterapia é um processo no qual a pessoa é encorajada a se envolver em um trabalho processual de autodescoberta e de reencontro consigo. São muitas as vezes em que a procura por esse trabalho é motivada por sintomas (psicológicos, físicos) e questões afetivas.

   Entretanto, um dos meus papéis como terapeuta é ir além da superfície. Isso proporciona (ou facilita) um mergulho que é estar frente a frente a esses elementos íntimos de uma maneira que não seria possível cotidianamente.     

  Nesse sentido a transformação se mostra como algo paradoxal, pois ao mesmo tempo em que transformação se relaciona com a reconexão com o movimento natural da vida, significa essencialmente o “tornar-se a si mesmo”. Trata-se da assimilação apropriada de tudo aquilo que pertence à pessoa, mesmo não sendo um caminho em linha reta.

    O consultório (a oficina do terapeuta) é um espaço seguro e acolhedor, de modo que a abertura para esse caminho seja seguido por parte do cliente, por isso é essencial pensar na pessoa como elemento mais importante no processo terapêutico.